sábado, 4 de fevereiro de 2012

DESMASCARANDO O NOVO TESTAMENTO - BREVE RELATO HISTÓRICO II


O Cristianismo Foi Derivado do Mitraismo. Entender a Origem de Mitraismo é Crucial para Entender a Origem do Cristianismo.


A religião de mistério para a qual o Cristianismo antigo parece se relacionar mais de perto é o Mitraismo. Mitra (também soletrado Mitras), uma invenção Greco-persa, nasceu de uma virgem no solstício de inverno - freqüentemente em 25 de dezembro no calendário Juliano. Sendo uma divindade solar, Mitra era adorado aos domingos [Sunday em inglês: Dia do sol.]; depois que Mitra ficou amalgamado com Hélios, ele foi descrito com um halo, nuvem, ou gloria ao redor de sua cabeça. Em alguns casos fica difícil distinguir se imagens antigas eram representações de Mitra ou Jesus. O líder do culto era chamado de Papa e ele governava de um "mithraeum" na Colina Vaticano em Roma. Uma característica iconográfica proeminente no Mitraismo era uma grande chave, necessária para destrancar os portões celestiais pelo qual se acreditava passar as almas dos defuntos. Parece que as "chaves do Reino" seguradas pelos Papas como sucessores do "discípulo Pedro" deriva de Mitra, não de um messias palestino. Os padres Mitraicos vestiam miters, um adorno para a cabeça especial do qual o chapéu do bispo Cristão foi, derivado. (O nome latino para este chapéu Phrygian/Persian era mitra - que também era uma ortografia latina aceitável para Mithra!) Os Mitraistas consumiam uma comida sagrada (Myazda) que era completamente análoga ao serviço Eucarístico Católico (Missa). Como os cristãos, eles celebraram a morte reconciliada de um salvador que ressuscitou em um domingo. Em grande centro principal da filosofia Mitraica ficava em Tarso - seundo os cristãos cidade natal do apóstolo Paulo - que agora é Sudeste da Turquia.


O Mitraismo e o Cristianismo Têm Suas Origens na Astrologia e na Astronomia.

No ano 128 A.E.C. (antes da era comum ou cristã) o astrônomo grego Hiparco de Rhodes descobriu a precessão dos equinócios. Porque o eixo da terra é inclinado aproximadamente 23,5 graus da linha perpendicular ao plano de sua órbita ao redor do Sol, o Sol parece olhando-se do hemisfério norte seguir um caminho no céu (a eclíptica) o qual durante seis meses do ano está sobre o equador celestial e debaixo dele durante os outros seis meses. (O equador celestial marca os pontos na "esfera celestial" que estão diretamente em cima da cabeça de uma pessoa que está no equador da Terra.) Duas vezes por ano, quando o Sol parece se mover ao longo de seu caminho eclíptico, ele cruza o equador celestial. Quando o Sol está nestes pontos - os ditos equinócio vernal (primavera) e outonal - as durações de dia e noite são iguais.

Devido a Terra cambalear enquanto gira em torno de seu eixo, os pólos norte e sul de seu eixo não apontam sempre aos mesmos pontos na esfera celestial. Como conseqüência, os pontos equinociais tornam-se deslocados com respeito às chamadas estrelas fixas - inclusive as estrelas que formam as doze constelações do zodíaco. Quando Hiparco descobriu que o equinócio vernal tinha sido deslocado de Touro para Áries, ele ou alguns dos seus discípulos sentiu que eles tinham descoberto o trabalho de um deus desconhecido até aqui. (Muitos gregos sentiram que cada fenômeno natural ou força física eram de fato o trabalho de um deus particular). Por razões astrológicas, este novo deus foi identificado com o antigo deus Persa Mitra. A religião de mistério conhecida como Mitraismo nasceu assim. Mitra foi instalado como um Senhor do Tempo ou cronocrata, o deus que regeria a Era de Áries.

Quando Hiparco e os seus colegas Estóicos entenderam que o equinócio vernal tinha passado de Touro para Áries, o equinócio estava quase fora de Áries também. Brevemente passaria para Peixes, e se precisaria de um novo Senhor do Tempo. Da mesma maneira que movimento do equinócio para fora de Touro tinha sido simbolizado com o sacrifício de um touro, assim também, o movimento fora de Áries viria a ser simbolizado pelo sacrifício de um cordeiro. O primeiro símbolo da religião da nova era, a religião a reinar na idade de Peixes, significativamente, seria o peixe (A cruz, aparentemente, era originalmente da letra grega chi (c), o qual nos faz lembrar da interseção do equador celestial com a eclíptica em ângulo agudo.) Não é surpreendente que nos mais velhos epitáfios e inscrições de fato dois peixes foram usados para simbolizar o culto da Nova Era - fazendo o símbolo do Cristianismo idêntico ao símbolo astrológico para Peixes, em obediência ao fato que Pisces é plural: os peixes.





Os Magos Mencionados no Segundo Capítulo do Evangelho de Mateus Eram Sacerdotes - Astrólogos Mitraicos, Provavelmente Exploradores que Procuravam o Novo Senhor do Tempo que Iria Reger a "Nova Era" de Peixes.
 O clero Mitraico se envolveu ativamente na astrologia do culto que era conhecido como Magi (magoi em grego), e são representados usando toucas Phrygian (pseudo - persa) como se supõe serem usadas por Mitra. É minha tese que alguns destes Magos, percebendo que a era de Mitra estava prestes a terminar (e que o equinócio passaria a Peixes alguma época durante o primeiro século da E.C.), teriam deixado os seus centros de culto em Phrygia e Cilicia, o que é agora Sudeste Oriental na Turquia, de cidades tais como Tarso para ir para Palestina para ver se podiam localizar não só o suposto Rei dos Judeus, mas o novo Senhor do Tempo, o senhor da nova era de Peixes. (Considerava-se que Peixes tinha conexões especiais com os judeus.) é significante, eu acredito, que as antigas representações da visita dos Magos ao menino jesus (incluindo um numa igreja em Belém) os mostravam usando toucas Phrygian (Mitraicas).

Enquanto fica claro que a estória da visitação dos Magos encontrada no começo do segundo capítulo do evangelho de Mateus é mais conto de fadas que história (como alguém segue uma estrela?), parece que há um núcleo de historicidade nisto. Porém, eu acredito que o texto grego foi mal entendido com respeito ao ponto de origem dos Magos e onde eles estavam quando eles viram a estrela que motivou sua viagem. A Versão Antiga nos conta que "os homens sábios do leste viram sua estrela no leste." As traduções modernas tendem a ter os homens sábios viram "sua estrela alçando." A palavra grega para ' leste' usada nestas duas passagens é , e realmente pode se referir ao leste ou para o alçamento de um corpo celeste. Mas também pode ser o nome de um lugar - Anatólia. Anatólia ou poderia significar a península inteira de Ásia Menor (a área chamada Turquia agora), ou uma província particular de Phrygia. Então parece que Mateus 2:1-2 deve de fato lido:

Agora quando jesus nasceu em Belém da Judéia nos dias de Herodes o rei, observe, lá vem os Magos de Anatólia para Jerusalém,

Dizendo, Onde é que o Rei dos Judeus nasceu? Pois em Anatólia nós vimos sua estrela, e viemos adorá-lo.

Esta visita palestina dos Magos poderia ter sido o catalisador que ativou vários grupos judeus - e talvez alguns grupos não judeus - a pensar que o messias que eles tinham estado esperando já tinha vindo e não tinha sido notado. Para que isto não pareça muito forçado, deveria ser notado que até mesmo em nossa própria época sofisticada notícias da "segunda vinda" de Cristo são de ocorrência regular. Não é irracional supor que em algum lugar agora mesmo, exista algum pequeno culto que acredita que Jesus já voltou à terra.

 

Está claro que as pessoas que escreveram o Novo Testamento acreditavam em reencarnação e "aparecimento de ressuscitados" de personagens como Elias. Isso tornaria bastante fácil que a visita de Magos convencesse as pessoas que o messias delas já tinha aparecido. Um exemplo particularmente ilustrativo encontra-se no evangelho de Mateus:

Jesus... perguntou para os seus discípulos, dizendo: "Quem os homens dizem que é o Filho do Homem?”

E eles disseram, "Alguns dizem João Batista; alguns, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos Videntes.”

Ele diz a eles: "Mas quem vocês dizem que eu sou?”

E Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Ungido, o Filho do D'us Vivente!”

E os seus discípulos lhe fizeram uma pergunta, dizendo: "Por que então as escrituras dizem 'Elias tem que vir primeiro?'“

Agora, Jesus respondeu dizendo a eles: "Elias realmente vem primeiro, e restabelecerá todas as coisas. Agora, eu digo a vocês, Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas lhe fizeram tantos danos quanto puderam. Assim também o Filho de Homem é destinado a sofrer através deles.”  Coisas estranhas ao sagrado Torah.

Então seus discípulos entenderam que ele disse isto a eles sobre João Batista.

Casos semelhantes de "eventos" de significado cósmico que acontecem inadvertidamente são encontrados nos evangelhos de Tomás  e Lucas:

Ev. Tomás 51. Seus discípulos disseram a ele, "Quando ocorrerá o repouso dos mortos e quando o mundo novo virá?" Ele disse a eles, "O que você espera já veio, mas você não reconhece.”  (teoria estranha ao sagrado Torah - portanto jesus jamais poderia ter sido judeu na vida dele dizendo isso)

Ev. Tomás 52. Seus discípulos disseram a ele, "Vinte e quatro profetas falaram em Israel, e todos eles falaram de você." Ele disse a eles, "Você omitiu um vivo em sua presença, e falou só dos mortos.” (outra mentira, nunca deu provas históricas desta sua afirmação dentro do sagrado Torah.

Lucas 17:20-21. Sendo questionado pelos Fariseus quando virá o reino de D'us, ele lhes respondeu, "O reino de D'us não virá com sinais a serem observados; nem eles dirão, 'Hei-lo, aqui está!' ou 'Hei-lo acolá' veja, o reino de D'us está dentro de você.” ( outro que nunca foi judeu e muito menos teve o menor conhecimento sobre os coisas ocultas que Moshê (Moisés) transmitiu para o povo judeu no Monte Sinai. Segundo o sagrado Torah, D'us somente habitaria no meu de seu criatura somente através do Templo Sagrado que foi construido pelo o Rei Salomão e que seria re-construido finalmente pelo o Mashiach ben Yossef).




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

DESMASCARANDO O NOVO TESTAMENTO - BREVE RELATO HISTÓRICO

BREVE RELATO HISTÓRICO.



No império Romano, é destacada a figura de Constantino, o imperador-sacerdote do deus-Sol, ao qual eram dedicadas as festas saturnais do fim do ano (calendário romano), aí incluindo o Natalis Solis Invicti [Dia do Nascimento do Sol Vitorioso"], posteriormente comemorado também como o Natal ou Nascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro. Para enfatizar sua adoração ao deus-Sol, Constantino, por meio do Edito de 7 de março de 321 EC, transferiu o culto dos cristãos, ainda no Shabat  - uma reminiscência dos primitivos seguidores judeus de Jesus, membros da seita dos nazarenos – para o primeiro dia da semana, então conhecido como “Dia do Sol”, como até hoje se vê em alguns idiomas (Sunday), em Inglês: Sonntag, em alemão), e posteriormente denominado, pelos cristãos, de “Domingo” [em latim: Dia do Senhor].




O segundo marco dessa história mal contada e deturpada pelos cristãos, como bem sabido dos estudiosos, tem a ver com o tempo do bispo Dâmaso (papa Dâmaso), que determinou a “São” Jerônimo [viveu entre 342 EC a 420 EC] que precedesse a uma reforma no texto do “Novo Testamento”, para eliminar seus conteúdos considerados exacerbadamente judaicos, retirando as possíveis dúvidas sobre a origem de Jesus Nazareno [a quem nenhum livro de História da época se refere] a afastando certas passagens que retratavam a humanidade do messias cristão de forma considerada exagerada. Em seu livro derradeiro, Retractationes, Jerônimo confessa sua resistência em obedecer à ordem papal e principalmente suas crises de consciência em ter cumprindo uma missão que resultou em fraude maior do que aquela perpetrada pelo Concílio de Nicéia.





 

        Foi assim que, depois de tantas “arrumações” e “arranjos”, o “Novo Testamento” veio ser esse amontoado de textos contraditórios, espúrios, com acréscimos atualmente denunciados como invenções nas várias versões das Bíblias cristãs hodiernas cuja edições atuais colocam entre parêntesis ou em notas marginais o descobrimento de algumas trapaças. É significativo analisar eu, em razão de tais mentiras e embustes, um número incalculável de seres humanos foi morto, ou assumiu o papel de mártires de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo, a credulidade, a falsificação de fatos históricos e a deturpação dos textos sagrados dos judeus, utilizado de forma desautorizada e contraditória, para emprestar validade a tantas tramas e deboches. Na verdade, cristãos sinceros, sem se aperceberem que são vítimas de falsidade histórica, admiram-se de os judeus não terem aceitado a Jesus como seu messias. Esse cenário está mudando hoje – muitos cristãos, especialmente os descendentes dos convertidos à força durante a chamada “santa” Inquisição – Os verdadeiros B´ney  Anussim (e não os messiâncios-cristãos) – estão acordando para a realidade de que a única Revelação verdadeira foi dada no Sinai e aos Profetas de Israel (Devarim 4:5-8; Tehilim que os judeus são os únicos depositários dos “Oráculos de D-us” em Romanos 3:1, 2; 9:4; João 4:22). O “Novo Testamento”, devidamente lido, não passa de um amontoado de tolices e contrações, incapazes de satisfaz à busca da Verdade por uma alma sincera. Não resiste a um confronto com a Bíblia Judaica.

CONTINUA.....

Sobre a farsa a que fora levado pela ordem papal, “São” Jerônimo escreveu ao pontífice romano: “De velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, de alguma forma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido. “Ele ponderou, após tantas alterações nos textos: “Meclamitans esse sacrilegiu qui audeam aliquid in veteribus libris addere, mutare, corrigere” (“Vão clamar que sou um sacrilégio, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir algumas coisas nos artigos livros” (Obras de São Jerônimo, 1693). Quando um cristão lê o “Novo Testamento”, o grau de sua ignorância pode ser mensurado pelo valor atribuído à obra como um todo. Ou ela é de D-us, ou não é, e a única maneira de saber-se isso é comparando-a com a Revelação do Sinai.

Dois marcos históricos principais estão associados com formato do “Novo Testamento” atualmente conhecido. O primeiro marco foi o Concílio de Nicéia (iniciado em 325 EC), convocado pelo Imperador Constantino que presidiu na sua abertura mesmo sendo um “pagão”, pois jamais Constatino se convertera ao cristianismo, conforme relativo fantasioso da igreja de Roma. Ele exerceu o cargo de sacerdote do deus-Sol até que, no seu leito de morte, em 337 EC, o bispo de Roma procedeu ao ritual de conversão, quando ele nem mais podia manifestar-se sobre se essa era sua vontade. No Concílio de Nicéia, foi aprovado, além da autoridade política dos bispos, o cânon do “Novo Testamento”, quando foram rejeitadas centenas de escritos tidos como sagrados por muitos cristãos fora de Roma, compostos de relatos evangélicos e cartas dos apóstolos e primitivos discípulos, hoje rejeitados. Também naquela ocasião, por meio de voto, foi aprovada a “divindade de Jesus”, que, a partir de então, passou a ocupar, oficialmente, o papel de Segunda pessoa da trindade, abrindo-se daí a oportunidade ao estabelecimento da mariolatria, pois Maria, genitora de Jesus Nazareno, logo seria alçada ao papel de “mãe de D-us” (em grego: “theotokos”), já que, obviamente, Jesus sendo deus, segundo essa doutrina, sua genitora seria a “mãe de D-us”, como hoje é adorada pelos cristãos católicos e ortodoxos gregos e russos.

Pela importância do papel do imperador Constantino na formação da nova religião, que, na verdade, é uma fé essavita (oriunda de Essav, ou Esaú, pai dos romanos e italianos), cujo fim último é perseguir a Israel, poderia o cristianismo ser denominado de constantinismo. Afinal, graças ao imperador romano foi possível elencar, durante o Concílio de Nicéia, as doutrinas principais da nova religião, nascida em Roma, de onde se espalharia pelo mundo, deixando em seus caminhos históricos as marcas de conversões forçadas, de derramamento de sangue e assassinatos, de escravização de povos e destruição de culturas. Ademais, de forma ainda mais marcante, o constantinismo é a religião do antijudaísmo, como ficou bem claro no decorrer dos últimos quase dois milênios, pois, para justificar sua própria existência, a nova religião romana não apenas procurou afastar-se de suas fontes judaicas, oriundas dos primitivos seguidores judeus de Jesus, mas decidira, induvidosamente, destruir os próprios israelitas, para que se consumasse a tese que ficou conhecida como Teologia da Substituição – cuja premissa é esta: uma vez que a igreja foi levantada para substituir a Sinagoga, os judeus deveriam ser eliminados, porque seriam um entrave, nesse novo cenário, para a supremacia cristã, conforme um dos textos mais coloridos de anti-semitismo do “Novo Testamento”: os “judeus não somente mataram o senhor Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a D-us e são inimigos de todos os homens” (1 Tessalonicenses 2:15): Como diz “Ave Maria”, edição católica, de 1967, “os judeus eram agora rejeitados por D-us” (p. 1.535). Esse pensamento malvado serviu de pretexto, máxime pela mentira de que foram os judeus que assassinaram o messias dos cristãos, para respaldar a tese de ser a “vontade de D-us” a promoção de toda a sorte de perseguição do Povo de Israel, nestes quase vinte séculos de história da igreja.

DESMASCARANDO O NOVO TESTAMENTO - INTRODUÇÃO.

A origem do “NOVO TESTAMENTO”

 Atenção: Boa parte deste estudo "DESMASCARANDO O NOVO TESTAMENTO"estão contido os estudos sobre "A ORIGEM DO NOVO TESTAMENTO" do professor Elivásio Araujo.

http://pt.scribd.com/doc/5561037/NOVO-TESTAMENTO-CONFUSOES ).

O professor Evilasio Araújo é Advogado, Professor Universitário, Poeta, Escritor; durante dez anos trabalhou como Adjunto na Presidência da República, tendo representado o Brasil em Encontros Estratégicos nos Estados Unidos e Alemanha; viajou com o Presidente da República em viagens internacionais; possui quatro cursos de pós-graduação na área de Direito e Relações Internacionais; colabora com vários periódicos na área de Direito; é fundador e Diretor da revista judaica “Alyah LaTorah”; é estudioso do “Novo Testamento” e de todas as religiões e seitas, com a finalidade de conhecê-las e poder defender a Emunat Israel. O professor Evilasio Araújo, de origem sefaradi, preside a Sinagoga Beit Israel, instituição com a finalidade de ajudar os B’ney Anussim [“marranos” e “cristãos novos”], que foram forçados a converte-se ao cristianismo, a retornarem ‘a fé ancestral, reintegrando-se ao Povo de Israel. Também se dispõe a fazer palestras sobre a inviabilidade da existência de “judeus messiânicos”, ou “judeu cristãos”. Pode ajudar, gratuitamente, na desprogramação das lavagens cerebrais que os cristãos costumam aplicar, por seus missionários, aos judeus, dos quais muito já foram vítimas e estão iludidos nas igrejas através das promessas de curas e prosperidade. 

A minha real intenção é fazer valer mais ainda os estudos do professor Elivásio Araujo esclarecendo passo a passo todas as contradições do inventado Novo Testamento, reunindo prova documentais, estudos arqueológico, e muitos mais.

O chamado “Novo Testamento” é formando de 26 livros, dos quais quatro são supostos relatos – Os “Evangelhos” – sobre a vida e ensinos de Jesus Nazareno, 21 cartas, cuja autoria é atribuída aos primitivos discípulos de Jesus, porém, a maioria teria sido ditada pelo apóstolo Paulo, um judeu convertido posteriormente à seita dos nazarenos; há um livro chamado de “Atos dos Apóstolos”, relatando alguns fatos e as atividades dos discípulos após a morte do seu líder, e um livro de misticismo, chamado “Apocalipse” (palavra grega para Revelação). Tais livros formam o fundamento do cristianismo e são apresentados à Humanidade como a última palavra do Criador, em substituição à Torah. Aos Profetas e às Escrituras, que foram o TANA”CH [sigla para Torah, Nevyim veChetuvim] – a Bíblia Judaica, comumente chamada de “Velho Testamento” pelos cristãos”.

No entanto, a patente contradição do chamado “Novo Testamento” com a TORAH (o Pentateuco), por si só, já é suficiente argumento para refutar sua origem Divina, pois, como diz a Escritura: “Tua Torah é Verdade” (Tehilim [Salmo] 119:142). Assim, qualquer Luz de conhecimento posterior à Revelação do Sinai deve, necessariamente, concordar com os escritos do maior Profeta do Eterno, Mosheh Rabênu [Moisés, nosso mestre], sobre a quem a mesma Torah declarou: “Nunca se levantou em Israel um profeta como Mosheh, com quem o Eterno falou face a face” (Devarim [Deuteronômio] 34:10; ver Shemot [Êxodo] 33:11; Bamidbar [Números] 12:6-8). Quando esse texto foi escrito, para ressaltar a Autoridade Divina conferida a Mosheh, de forma preponderante, Israel ainda não existia como Estado como estado Teocrático. Só mais tarde, portanto, o Eterno inaugurou o Ministério dos Profetas. A expressão “nunca se levantou”, no passado, é dada como fato consumado e definitivo, a ressaltar a impossibilidade de surgir, no futuro, um profeta mais qualificado do que Mosheh. Assim, todos os Mensageiros do Eterno, então, fundamentaram sua pregação nas Palavras reveladas a Moshêh, subordinando-se à Autoridade daquele que também foi considerado pela Torah como o primeiro “Rei em Yeshurun” (Devarim 33:5).

Na realidade, existem centenas de contradições no texto do “Novo Testamento” quando cotejado com a Torah, assim como, também internamente, Os Evangelhos, as Cartas e os livros de Atos e Apocalipse entram em colapso quando os mesmos relatos ou ensinos são comparados entre si, ou quando perspectiva profética do Tana”ch é posta em análise e confronto com o entendimento dos escritores do “Novo Testamento” . Não é raro perceber-se desde logo, que uma fraude nem sequer bem arquitetada foi levada a efeito nos escritos neotestamentários, pelo menos como atualmente conhecidos. Em razão da fé cega de muitos cristãos, esse assunto não é enfrentado como merece, salvo por uns poucos teólogos de mente mais aberta, pois, do contrário, seria posta em evidência a grande questão embutida nesse cenário de erros grotescos – a saber: a Figura de Jesus Nazareno, atualmente também chamado de Yeshua, por alguns seguidores, como mais um falso messias.

Urge esclarecer, desde logo, que podemos distinguir três etapas históricas na origem primitiva do cristianismo, todas excludentes, entre si, dos ensinos adotados, tendo-se como paradigma a doutrina de Jesus, como subentendida dos relatos evangélicos.  A primeira etapa é a própria “A seita dos nazarenos”, chamada de “O caminho” (Atos 9:2; 19:9; 22:4), a qual ainda estava identificada como o Tana”ch, conforme esclarecido por Paulo, após sua conversão à seita (Atos 24:5, 14; 26:22; 28:23)”. Aos poucos, porém, Paulo rompeu com os nazarenos, estabelecendo uma divisão teológica irreversível, que, na prática gerou o paulinismo  (1 Coríntios 1:12), a segunda etapa da religião cristã. Paulo realmente desafiou autoridade dos primitivos apóstolos, como Pedro, a quem considerava hipócrita, por apegar-se a valores judaicos (Gálatas 2:11-14). Por fim, veio a lume o constantinismo, a terceira etapa, quando as  mudanças estruturais pregados por Paulo encontram o campo fértil para o sincretismo com as religiões pagãs, sendo tal amálgama apresentado como a religião do Nazareno, que se espalhou pelo mundo, a partir de Roma.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ISAIAS 53

 
ISAIAS 53



É sabido que os judeus e noahides acreditam que Isaías 53 fala de ISRAEL, e não de uma pessoa especificamente como o 'Servo Sofredor'. Claro, o foco do profeta era sobre o remanescente justo dentre o povo, aqueles que sempre lembravam quando os outros esqueciam.

Vejamos as BASES judaicas para a defesa de tal idéia, verso a verso em contexto.

Veja: quem é mesmo chamado de “filho” de D-us pelo profeta Oséias? Israel, é claro! Não tem nada a ver com Jesus ou com qualquer outra pessoa. Se Mateus era confiável e agia de boa fé, por que então omitiu vergonhosamente a primeira parte do verso de Oséias que diz claramente que o filho tirado do Egito é Israel? Sejamos honestos com a verdade!




E mais: Será que Jesus foi conhecido numa terra seca, desértica assim como ocorreu com Israel como já vimos? Bem, todos sabem que Jesus teria nascido na Judéia ainda que haja controvérsias entre os pesquisadores, pois segundo alguns ele nasceu na Galiléia. Seja a verdade qual for, fato é que ambas as regiões ficam dentro das fronteiras de Israel, que de acordo com a Bíblia não é uma terra seca, um deserto – mas sim, “uma terra que mana leite e mel” (Exo 13:5), uma terra fértil (Nee 9:35), terra de trigo e cevada, de vides e figueiras, de azeite e mel (Deu 8:8).

E finalmente, quando foi Jesus alguém não desejado? Os gentios até hoje seguem cegamente sua doutrina, multidões e gerações acreditaram nele e desejam seguir seus passos como se ele fosse alguém digno de ser seguido. Além disso, os cristãos tem em Jesus o “desejado de todas as nações”, numa referência a Ageu 2:7. Como pode ser ele o “desejado das nações” e ainda assim “não ter aparência para que fosse desejado”??
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ISAÍAS 53:1 מי האמין לשמועתנו וזרוע יהוה על מי נגלתה
Mi heemin lish'muatênu, uz'rôa Adonay al mi niglatah? 1 Quem acreditou em nosso relato e o braço do S-nhor a quem foi revelado?

“Quem acreditou em nosso relato?” - O Servo do S-nhor (isto é, o remanescente fiel de Israel – os profetas e justos de todas as gerações) era constantemente ignorado pelo resto do povo o qual não acreditava em suas palavras de exortação ao arrependimento.
Os israelitas são reconhecidos por D'us como sendo Suas “testemunhas” (Isa 43:10), todavia nem sempre o relato transmitido por essas testemunhas tem sido aceito, seja pelos rebeldes dentre o próprio povo, ou seja ainda pelas nações as quais Israel serve de luz (Isa 42:6). Por esta razão Isaías diz, “Quem acreditou em nosso relato?” (Veja II Cro 24:19); O povo era aconselhado por todos os profetas a voltarem do seu mau caminho e a cumprir os mandamentos de D'us (II Rs 17:13) e mesmo assim, muitos deles foram mortos (I Rs 19:10).

REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ Se este verso diz respeito a Jesus, como explicar o fato narrado pelo NT que as multidões se admiravam da sua “doutrina” e que seguiam-no para cima e para baixo, admirados pelos seus ensinamentos? (Mat 4:25/7:28)

Se ninguém acreditava em Jesus por que as autoridades não queriam prendê-lo durante a Páscoa para evitar um motim entre o povo? (Mar 14:2)

Se ninguém acreditou em Jesus por que diz-se que muitos sacerdotes tornaram-se cristãos? (At 6:7)

Enfim, se ninguém acreditou em Jesus, por que Roma se preocuparia com ele, condenando-o à morte?
“...e o braço do S-nhor a quem foi revelado?” - Na Bíblia, a palavra “braço” tem o sentido de “poder de salvação”, e vemos por várias passagens que foi a Israel que o S-nhor revelou o Seu braço, pois foi ao povo judeu que o Eterno manifestou de forma maravilhosa o Seu grande poder para salvar quando estavam oprimidos: Exo 6:6 Israel resgatado com braço estendido e com grandes juízos.
Deu 4:34 Israel tirado do Egito por D'us com mão poderosa e braço estendido. (Veja ainda: Deu 5:15/ 7:19/9:29/ 26:8/ Sal 44:3/ 77:15/ Isa 33:2/ 59:16)

 Se este texto diz respeito a Jesus, pedimos que nos expliquem se algum dia Jesus teria precisado que D'us lhe manifestasse Seu “braço”, isto é, Seu poder de salvação. Se isto foi assim, então Jesus também precisou ser salvo e não pode ser “salvador”.





REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
Se esta passagem refere-se a Jesus, como explica-se o fato de Israel ter sido chamado de “filho” de D-us e “primogênito” muito tempo antes? Note que o termo “primogênito” refere-se ao primeiro filho gerado, o mais importante. Não podem existir dois primogênitos, e assim, Jesus não pode ser chamado de “primogênito” de D-us quando Israel já foi chamado assim séculos antes. No evangelho de Mateus 2:15, o autor cita Oséias 11:1, aplicando-a a Jesus – mas note as diferenças:


Mat 2:15 “e lá ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Do Egito chamei o meu filho”

Mateus dá a entender que Oséias teria “profetizado” a ida de Jesus ao Egito. Mas, vejamos se isso é assim:

Ose 11:1 “Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho

ISAÍAS 53:2

ויעל כיונק לפניו וכשרש מארץ ציה לא תאר לו ולא הדר ונראהו ולא מראה ונחמדהו

Va-yaal ka-yonek lefanáv ukhe-shoresh me-êretz tsiáh. Lô toar lo ve-lô hadar ve-nir'ehu ve-lô mar'eh ve-nech'medehu.
2 Mas ele subiu como um lactente diante d'Ele e como raiz de uma terra seca. Ele não tinha formosura e nem glória para que o notássemos, e nem aparência para que o desejássemos.

“Ele subiu como um lactente...” - O Servo do S-nhor (o remanescente fiel de Israel) é retratado pelo profeta como um “lactente” que sobe (cresce) diante de D'us, como um bebê que cresce e se desenvolve diante de seu Pai. Israel é mencionado várias vezes pelos profetas como uma criança, como um meninofilho de D'us:


Ose 11:1 Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho.Exo 4:22 Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito.
Exo 4:23 Deixa ir meu filho (Israel), para que me sirva.Deu 1:31 D'us levou Israel como um homem leva seu filho por todo o caminho.
“...como raiz de uma terra seca” - Israel cresceu diante de D'us, Seu Pai celestial, como um ramo verdejante em um deserto abrasante e seco:
Sal 80:8-9 Israel é uma videira frondosa cultivada por D'us.Deu 32:9-10 D'us achou Israel numa terra deserta, num êrmo de solidão.Ose 13:4-5 D'us conheceu Israel no deserto, em terra muito seca.





Jer 2:6 D'us fez Israel subir do Egito por uma terra de sequidão.

“...não tinha formosura...e nem aparência para que o desejássemos”
- Israel desde os seus primeiros dias até hoje não parece atraente diante das nações; Os povos do mundo têm historicamente desprezado o povo judeu, relegando-o como um rejeitado e renegado. Isto é um fato inegável desde que os judeus estiveram cativos no Egito até os dias do holocausto promovido pelos nazistas.

Isa 51:7 Israel não deve preocupar-se com a injúria dos homens.
Jer 33:24 Israel desprezado e ignorado como povo pelas nações.


REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
Se esta passagem refere-se a Jesus, como explica-se o fato de Israel ter sido chamado de “filho” de D-us e “primogênito” muito tempo antes? Note que o termo “primogênito” refere-se ao primeiro filho gerado, o mais importante. Não podem existir dois primogênitos, e assim, Jesus não pode ser chamado de “primogênito” de D-us quando Israel já foi chamado assim séculos antes. No evangelho de Mateus 2:15, o autor cita Oséias 11:1, aplicando-a a Jesus – mas note as diferenças:


Mat 2:15 “e lá ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Do Egito chamei o meu filho”

Mateus dá a entender que Oséias teria “profetizado” a ida de Jesus ao Egito. Mas, vejamos se isso é assim:

Ose 11:1 “Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho”





ISAÍAS 53:3

נבזה וחדל אישים איש מכאבות וידוע חלי וכמסתר פנים ממנו נבזה ולא חשבנהו
Nivzeh va-chadal ishim ish mackheovot vi-yidua choli ukhe-master panim mimênu nivzeh ve-lô chashavnuhu
.

3 Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experiente em enfermidades. E como alguém de quem se esconde o rosto, nós o desprezamos e não o consideramos.

“...desprezado e rejeitado pelos homens” - Não é necessário investigar muito a fundo a história de Israel para percebermos o quanto este povo foi desprezado pelos outros povos: primeiro, faraó os oprimiu no Egito; depois, vieram os inimigos de Babilônia, da Assíria, da Grécia e Roma. Com o surgimento do cristianismo, os judeus (o povo de Israel) foi duramente perseguido, humilhado e quase destruído pela sanha sanguinária dos líderes desta religião, quer fossem eles católicos ou protestantes. Vieram as inquisições, os pógroms, expulsões em massa, o exílio, as deportações, as calúnias de sangue e finalmente em pleno século XX a maior das catástrofes: o holocausto (em hebraico, shoah), no qual seis milhões de judeus pereceram nos fornos crematórios ou envenenados.


“homem de dores...experiente em enfermidades” - Israel é sem dúvida o “homem de dores, experiente em enfermidades” mencionado por Isaías. Dele os povos até hoje escondem o rosto, desprezando-o e desconsiderando-o:

Isa 49:7 Israel desprezado dos homens, aborrecido das nações, servo dos tiranos.

Sal 44:13 Israel como opróbrio aos seus vizinhos, escárnio e zombaria.

Sal 44:14 Israel, provérbio entre as nações, meneio de cabeça entre os povos.

Jer 10:19 Israel quebrantado; sua chaga causa grande dor.

Jer 30:12 O ferimento de Israel é gravíssimo.

Veja ainda Isa 51:7/54:6/60:14-15/ Jer 18:16/ 33:24.



ISAÍAS 53:3

נבזה וחדל אישים איש מכאבות וידוע חלי וכמסתר פנים ממנו נבזה ולא חשבנהו
Nivzeh va-chadal ishim ish mackheovot vi-yidua choli ukhe-master panim mimênu nivzeh ve-lô chashavnuhu
.

3 Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experiente em enfermidades. E como alguém de quem se esconde o rosto, nós o desprezamos e não o consideramos.

“...desprezado e rejeitado pelos homens” - Não é necessário investigar muito a fundo a história de Israel para percebermos o quanto este povo foi desprezado pelos outros povos: primeiro, faraó os oprimiu no Egito; depois, vieram os inimigos de Babilônia, da Assíria, da Grécia e Roma. Com o surgimento do cristianismo, os judeus (o povo de Israel) foi duramente perseguido, humilhado e quase destruído pela sanha sanguinária dos líderes desta religião, quer fossem eles católicos ou protestantes. Vieram as inquisições, os pógroms, expulsões em massa, o exílio, as deportações, as calúnias de sangue e finalmente em pleno século XX a maior das catástrofes: o holocausto (em hebraico, shoah), no qual seis milhões de judeus pereceram nos fornos crematórios ou envenenados.


“homem de dores...experiente em enfermidades” - Israel é sem dúvida o “homem de dores, experiente em enfermidades” mencionado por Isaías. Dele os povos até hoje escondem o rosto, desprezando-o e desconsiderando-o:

Isa 49:7 Israel desprezado dos homens, aborrecido das nações, servo dos tiranos.

Sal 44:13 Israel como opróbrio aos seus vizinhos, escárnio e zombaria.

Sal 44:14 Israel, provérbio entre as nações, meneio de cabeça entre os povos.

Jer 10:19 Israel quebrantado; sua chaga causa grande dor.

Jer 30:12 O ferimento de Israel é gravíssimo.

Veja ainda Isa 51:7/54:6/60:14-15/ Jer 18:16/ 33:24.





REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
E quanto a Jesus? Foi ele algum dia “desprezado” dos povos? Não é isso que diz o NT. Ele era seguido por multidões: Será que isto significa ser “desprezado”? (Mat 4:25; Luc 23:27) Jesus era famoso por toda a Galiléia e por todos era admirado (Luc 4:14-15). É isso que significa ser desprezado? Não é o que parece. Hoje cerca de 1/3 da população mundial (cerca de 2 bilhões de pessoas) vê em Jesus uma espécie de “deus” - isso é ser “desprezado”? Não é o que parece!

Jesus não trabalhava e aconselhava os outros a também não trabalhar (Joa 6:27); vivia de doações e ofertas, sendo sustentado por mulheres (Luc 8:1-3); além disso, vivia nos banquetes e grandes festas (Luc 7:36/11:37/14:1), e dava-se com ricos e famosos. Será que isso pode ser considerado como uma vida de sofrimentos e dores? Dificilmente...



ISAÍAS 53:4

אכן חלינו הוא נשא ומכאבינו סבלם ואנחנו חשבנהו נגוע מכה אלהים ומענה

Akhen, cholayênu hu nassá umakheoveinu s'valam va-anachnu chashavnuhu nagua mukeh Elohim umeuneh.
4 Certamente ele levou as nossas enfermidades, e nossas dores suportou e nós o tínhamos como alguém abatido, ferido de D-us e oprimido.

“...ele levou as nossas enfermidades” - O Servo de D-us, o fiel remanescente de Israel sofre juntamente com os pecadores dentre o povo, levando suas dores. Assim, vemos os profetas e justos antigos pedindo e intercedendo pelos que de fato pecaram contra as leis de D-us. Moisés por exemplo, pediu a D-us que perdoasse o pecado do povo, levou sobre si a “enfermidade” de sua nação (Exo 32:11-12); Daniel, embora sendo justo, assumiu a culpa pelo erro do seu povo em suas orações, levou por assim dizer, as “enfermidades” de sua nação e de sua gente (Dan 9:4-5); Jeremias é um outro bom exemplo em sua ousada e apaixonada defesa do povo judeu, mesmo quando esse não correspondia à vontade de D-us (Jer 30:23-25).


“ferido de D-us e oprimido” - Israel foi ferido de D-us, pois segundo os profetas, foi o próprio Eterno que causou sua chaga e Ele mesmo e quem a sara:

Isa 60:10 D-us feriu Israel em sua ira.

Ose 6:1 D-us feriu Israel e é quem o cura.

Sal 44:19 Israel foi ferido pelo Eterno.


REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ Jesus não tomou sobre si as dores ou enfermidades de ninguém, uma vez que disse que quem desejasse seguí-lo deveria tomar sua própria cruz (Mat 16:24). Assim, ele não pode ser considerado como alguém “ferido de D-us” no sentido de trazer a redenção; ele foi sim ferido por D-us, foi considerado “maldito” (Deu 22:21-23) pelas suas próprias transgressões e recebeu sobre si mesmo a paga pelas suas más obras, morrendo pendurado no madeiro, isto é, sobre uma cruz romana.



ISAÍAS 53:5

והוא מחלל מפשעינו מדכא מעונתינו מוסר שלומנו עליו ובחברתו נרפא לנו

Ve-hu mecholal mi-peshaeinu medukah me-avonoteinu mussar shlomenu alav uva-chavuratô nirpá lanu.
5 E ele foi profanado pelas nossas transgressões, oprimido pelas nossas iniqüidades; a disciplina da nossa paz estava sobre ele, e pelo seu ferimento fomos curados.

“...profanado pelas nossas transgressões” - Israel foi chamado de povo santo, separado para seu D-us (Deu 7:6). Entretanto, as transgressões da maioria rebelde do povo fez com que sua vocação à santidade fosse profanada; isso ocorreu também com a terra de Israel e com o Templo sagrado (Eze 24:21).

“a disciplina da nossa paz estava sobre ele” - A disciplina, a palavra de exortação ao arrependimento que pode sempre trazer a paz sobre todo Israel está na boca dos justos dentre o povo. O ímpio todavia rejeita a palavra de correção e ignora a disciplina; nessa passagem, há uma espécie de reconhecimento de que a palavra proferida pelo Servo do S-nhor é aquilo que pode trazer a paz (Jer 25:4/29:19/35:15/Dan 9:6 e 10).

“pelo seu ferimento fomos curados” - Os justos de Israel sofreram terrivelmente pela opressão e pelo aperto dos inimigos do povo de D-us. Entretanto, foram justamente estas feridas que trariam a paz e a cura para todo o povo. Nunca faltaram justos em Israel para pedir e rogar ao Eterno pelo povo rebelde. Jeremias é um clássico exemplo:

“Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; ando de luto; o espanto apoderou-se de mim” (Jer 8:21)

“Portanto lhes dirás esta palavra: Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia, e não cessem; porque a virgem filha do meu povo está gravemente ferida, de mui dolorosa chaga”. (Jer 14:17)


REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
Jesus pelo que notamos não foi profanado pelas transgressões de ninguém, senão pelas dele mesmo pois blasfemava constantemente querendo ser D-us e menosprezando o ser humano (Mat 15:26/23:33/João 5:18). A disciplina da paz do povo judeu nunca esteve sobre Jesus pois ele jamais pediu a D-us por eles e nunca os defendeu diante dos seus inimigos como fizeram os grandes profetas. A “disciplina” que Jesus ensinava não serviu para nada, pois buscava fazer dos judeus suas vítimas, fazendo-os aceitar um ser humano (ele mesmo) como D-us, uma heresia imperdoável pela lei judaica. Ninguém foi curado pelos ferimentos inflingidos a Jesus, uma vez que aqueles que o feriram (os gentios) sempre tiveram sua simpatia ao contrário dos judeus que eram supostamente seu povo. Suas condenações e críticas eram constantemente dirigidas aos judeus – nenhuma palavra de conforto ou de consolação.



ISAÍAS 53:6

כלנו כצאן תעינו איש לדרכו פנינו ויהוה הפגיע בו את עון כלנו

Kulanu ka-tson taínu; ish le-darkô paninu, va-Adonay hifgía bo et avon kulanu.
6 Todos nós como ovelhas nos desgarramos; nos desviamos cada um pelo seu caminho, e o S-nhor o atingiu com o pecado de nós todos.

“...como ovelhas nos desgarramos” - O povo de Israel sempre foi comparado nas Escrituras às ovelhas do pasto, guiadas por D-us. Entretanto, as ovelhas (o povo judeu) vez ou outra se desgarrava devido ao descuido de seus pastores (líderes politicos e religiosos).

Jer 50:6 O povo de D-us como ovelhas desgarradas; seus pastores as fizeram errar.

Ez 34:6 O povo de D-us como ovelhas espalhadas por todas as nações.

“...o S-nhor o atingiu com o pecado de nós todos” - O pecado de toda a nação [e também dos gentios] atinge o Servo do S-nhor, ferindo e quebrantando-o.

Jer 8:21 Jeremias ferido pelo pecado de seu povo.

Jer 15:18 Dor perpétua e ferida incurável atinge o profeta.

REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
Jesus ao contrário de buscar as ovelhas desgarradas, tentou fazer com que as que já estavam congregadas se desgarrassem; fez isso quando insistiu em ser reconhecido como D-us ou como parte da Divindade; fez isso também quando tentava desviar os judeus de sua Lei ancestral, voltando-se ao culto pagão dos deuses semi-humanos. Assim, o pecado de ninguém o atingiu, senão o dele mesmo e teve o fim merecido em conformidade com suas más obras.



ISAÍAS 53:7

נגש והוא נענה ולא יפתח פיו כשה לטבח יובל וכרחל לפני גזזיה נאלמה ולא יפתח פיו

Nigash ve-hu naaneh ve-lô yiftach piv, ka-seh la-têvach yuval, ukhe-rachel lifnei goz'zeiha neelamah ve-lô yiftach piv.
7 Ele foi afligido, tiranizado e ainda assim não abriu sua boca; como um cordeiro levado ao matadouro e como ovelha muda perante seus tosquiadores, ele não abriu sua boca.

O remanescente justo de Israel sofreria os terrores do exílio, da deportação e a morte sem abrir sua boca; tal como o cordeiro que vai para a morte ingenuamente, o Servo sofre sem ter culpa alguma e sem entender bem por que tudo aquilo acontece.

Isa 42:2 O Servo não clama, não se exalta e nem se ouve sua voz nas praças e ruas.

Sal 44:11 Entregues como ovelhas para o pasto.

Sal 44:22 Entregues à morte como ovelhas para o matadouro.

Isa 50:6 A resignação do Servo.

REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
E quanto a Jesus? Será que ele não abriu sua boca diante de seus acusadores e na presença daqueles que o condenaram à morte? Quando o servo do sumo-sacerdote lhe bate no rosto, ele ao contrário do que pregava, não deu “a outra face”, mas reclamou do golpe (João 18:22-23); Em João 18:33-37 ele abre sua boca novamente para apresentar sua defesa diante de Pilatos e finalmente na cruz ele mais uma vez abre sua boca, desta vez para queixar-se do abandono que sofrera da parte do seu “deus” (Mat 23:46). Assim, Jesus definitivamente não se enquadra à figura de uma “ovelha muda” que não abre a boca diante de seus tosquiadores, isto é, como alguém que por estar fazendo a vontade de D-us sofre resignadamente a opressão dos inimigos.




ISAÍAS 53:8

מעצר וממשפט לקח ואת דורו מי ישוחח כי נגזר מארץ חיים מפשע עמי נגע למו

Me-otser umi-mishpat lukach ve-et dorô mi yesocheach? Ki nigzar me-êretz chayim, mi-pêsha ami nêga lamô.
8 Pela opressão e pelo juízo foi tirado e sua geração quem mencionará? Pois ele foi cortado da terra dos viventes, pela transgressão do meu povo houve ferimento para eles.

“Pela opressão e pelo juízo foi tirado” - O Servo do S-nhor (os justos em Israel) foi tirado, tomado, levado pela opressão de seus inimigos e também pelo juízo divino. A combinação desses dois fatores fez com que o Servo passasse por todas as crises e que pudesse assim por seu testemunho fiel, servir de meio para trazer novamente a paz ao povo de D-us. A “opressão” na passagem refere-se aos inimigos do povo de D-us (Babilônia, Grécia, Roma, a Igreja, etc); o “juízo” por sua vez reflete a mão de D-us que fere o Servo atingindo-o com todo tipo de aflições e que mais tarde traz-lhe a cura (ver Ose 6:1-3).


“...e sua geração quem mencionará?” - A penúria pela qual o Servo teria que passar chega a impressionar o profeta levando-o a questionar se haveria alguém que pudesse fazer menção de sua posteridade. O sofrimento que os servos de D-us passariam colocaria em risco toda a sua geração; os seus inimigos certamente não pouparam esforços na tentativa maquiavélica de eliminar da face da terra sua incômoda presença. Entretanto, apesar do duro castigo imposto ao Servo, há o anúncio da redenção e do livramento: “Tu não temas, servo meu, Jacó, diz o S-nhor; porque estou contigo; pois destruirei totalmente todas as nações para onde te arrojei; mas a ti não te destruirei de todo, mas castigar-te-ei com justiça, e de modo algum te deixarei impune” (Jer 46:28)


“Pela transgressão do meu povo houve ferimento para eles” - O Servo de forma coletiva foi atingido pela transgressão de todo o povo rebelde, e recebeu a ferida e o quebrantamento sem embora merecê-lo. A tradução deste verso poderá surpreender aquele que não está familizarizado com o hebraico bíblico, entretanto a expressão encontrada no final do verso (“para eles”) traduz-se do termo לָמוֹ [lamô]. Esta expressão hebraica é encontrada em cerca de 20 versos nas Escrituras, especialmente em Jó 24:17 e Sal 88:8 onde a mesma é vertida pela Almeida como “para eles” (note o plural).

No caso de nosso texto (Isa 53:8) não poderíamos esperar que as versões em português ou em qualquer outra língua moderna vertesse o termo desta forma, no plural pois isto seria um golpe fatal na idéia cristã de que o Servo do S-nhor retratado pelo profeta seria uma só pessoa, no caso Jesus. Percebemos aí e em muitos outros casos, a desonestidade intelectual dos chamados “eruditos” cristãos.

Ao usar o plural (“para eles”), Isaías demonstra cabal e insofismavelmente que o Servo do S-nhor é um personagem coletivo – não trata-se portanto de uma só pessoa, mas sim, de várias. Como vimos, o termo inclui todos os justos de Israel de todas as gerações, profetas, patriarcas, reis e pessoas comuns que fizeram a vontade de D-us, chamando o restante do povo ao arrependimento e à conversão.


REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
Jesus não foi levado pela opressão dos inimigos do povo de D-us pois ao contrário dos profetas das Escrituras, não denunciou o opressor estrangeiro – antes, foi conivente com ele. Cedeu a Roma quando tacitamente concordou com o pagamento dos pesados tributos impostos pelos dominadores (Mat 22:21), entretanto nos evangelhos não vemos jamais ele devolvendo os dízimos no Templo; Jesus nunca criticou o poder político dominante, no caso o Império Romano – preocupou-se mais em falar mal dos líderes e príncipes do seu povo (Mat 23), algo condenado pela Lei bíblica (Exo 22:28). Quando inquirido sobre sua pretensa identidade messiânica diante do potentado romano, ele acovardou-se não assumindo publicamente o que ensinava aos seus chegados, isto é, que ele seria o Messias enviado de D-us; ele certamente não o fez diante de Pilatos porque isto poderia acarretar em crime de lesa majestade, podendo ser acusado de insurreição política. Quanto a ser tirado pelo juízo (divino), cristão algum concordaria com isso pois evidenciaria que Jesus sofreu um castigo pelas mãos de D-us.

A “geração” de Jesus, isto é, sua memória não correu jamais risco de ser esquecida, uma vez que sua doutrina prevaleceu no mundo de então, ganhando todo o orbe romano por decreto à partir do séc. III EC. Logo, não é sobre ele que Isaías fala.

Jesus morreu (de forma prática) por aqueles que o aceitam. Logo, sua morte so pode significar alguma coisa para as pessoas que acreditam que seus pecados afetaram-no, causando sua sina fatídica na cruz. O profeta Isaías afirma: “pela transgressão do meu povo foi ele atingido” - Isaías pertencia ao povo judeu, e para os judeus, a morte de Jesus nao tem o valor que os cristãos lhe conferem. Logo, Isaías falava sobre outras pessoas, e não sobre o deus cristão.


ISAÍAS 53:9

ויתן את רשעים קברו ואת עשיר במתיו על לא חמס עשה ולא מרמה בפיו

Va-yiten et reshayim kivrô veet ashir be-motav al lô chamás assah ve-lô mirmah be-piv.
9 E foi-lhe dada sepultura com os ímpios e com os ricos em suas mortes apesar de não ter feito violência e de não existir engano em sua boca.

“E foi-lhe dada sepultura com os ímpios” - O Servo do S-nhor recebeu “sepultura” juntamente com os que mereciam a morte, ou seja, os ímpios dentre o povo. Como afirmamos anteriormente, a morte aqui e tudo o que se relaciona a ela não significa necessariamente a interrupção da existência física. “Morte” nessas passagens é uma espécie de metáfora para aludir ao exílio, à deportação (cf. Sal 107:10-14/Eze 37/Ose 13:14-16). O Servo (os justos dentre o povo) foi ao exílio, e em certo sentido, deram-lhe sepultura juntamente com os malévolos que não deram ouvidos às palavras dos profetas. Basta lembrar de Daniel e seus companheiros em Babilônia; de Esdras, Neemias e Zorobabel nos dias da Média e Pérsia e depois de todos os justos que foram dispersos depois do ano 70 EC.
“...e com os ricos em suas mortes” - O “pobre” não necessariamente no sentido econômico, é às vezes colocado em oposição ao “rico”, ao mais favorecido. Diz o salmista que “o ímpio...persegue furiosamente ao pobre” (Sal 10:2). Logo, os ricos aqui significam os ímpios – e o que temos é uma repetição da frase anterior usando outras palavras, o que é característico da literatura hebraica. Este recurso literário é chamado de paralelismo:

"foi-lhe dada sepultura com os ímpios" = "com os ricos nas suas mortes"
Temos uma aparente inconsistência nesse verso. Ninguém “morre” mais de uma vez, então como explicar nossa tradução da última parte do verso “em suas mortes”? Mais uma vez, nossas versões em língua portuguesa nos desamparam e não nos deixam perceber esta realidade. O profeta escreveu “nas suas mortes” (note o plural) e não “na sua morte” (singular). A palavra em hebraico para “morte” é מֹת (mot), e se Isaías pretendesse dizer “na sua morte” (singular), ele teria escrito בְּמֹתוֹ (be-motô); ao contrário disso, ele escreveu בְּמֹתָיו (be-motav), onde o sufixo יו corresponde à uma forma do possessivo plural, traduzido como “suas”. Hoje em dia infelizmente nenhuma versão em língua portuguesa transmite esta realidade.


Mas, voltando à questão: como explicar o uso do plural aqui visto que ninguém morre mais do que uma vez? Bem, como já afirmamos, não estamos falando aqui de morte física como a conhecemos. A idéia da “morte” nessa e em outras passagens refere-se ao exílio, como já demonstramos (vide Sal 107:10-14/Eze 37:12/Ose 13:14-16). Sabendo então que houve dois grandes exílios (O primeiro, de 586 a 515 aEC e o segundo, do ano 70 EC até 1948), poderemos perceber por que o profeta falou de “mortes” e não de uma só “morte”. Assim, a profecia se encaixa perfeitamente ao contexto histórico da experiência do povo judeu.


“...apesar de não ter feito violência e de não existir engano em sua boca” - O autor dos salmos afirma que embora o Servo (o justo remanescente de Israel) não tivesse se esquecido de D-us e jamais agido de forma falsa contra o Pacto, todo aquele mal (o exílio) lhes sobreveio (Sal 44:18). Sofonias afirma por outro lado, que o remanescente de Israel não comete iniqüidade e nem profere mentiras, não achando-se engano em sua boca (Sof 3:13).


REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ E quanto a Jesus? Bem, sabemos que ele morreu literalmente e que foi sepultado. Entretanto, aprendemos de Isaías 53:9 que é impossível uma referência aqui à morte física, uma vez que o profeta usa o plural e ninguém morre duas ou mais vezes! Temos aqui a primeira impossibilidade da aplicação do texto a Jesus. A segunda diz respeito à sepultura que deram ao Servo junto com os ímpios. Como sabemos, Jesus não foi sepultado juntamente com ninguém, seja justo ou ímpio – ele esteve segundo os evangelhos, sozinho no sepulcro de José de Arimatéia, que não era ímpio (segundo o NT), mas sim, rico. Jesus não esteve com Arimatéia (um homem rico) em sua morte – logo, nem de longe poderemos aplicar tal passagem a Jesus.

E será que não podemos encontrar violência e mentira nas palavras e ações de Jesus? O que dizer do destino bárbaro e cruel que ele tenciona dar àqueles que não acreditam nele? (veja Luc 19:27) Como esquecer da violência empregada por ele ao expulsar os cambistas? (Mat 21:12) E o que dizer da mentira que Jesus proferiu ao dizer aos seus irmãos que não iria à festa dos tabernáculos? Sabemos que depois que seus irmãos foram, ele para lá se dirigiu, mas em secreto (João 7:2, 8-10) E o que dizer da maior mentira de todos os tempos, ou seja, a mentira da sua segunda vinda – visto que ele mesmo prometeu voltar ainda naquela mesma geração? Quantas centenas de gerações se passaram desde então? (Mat 24:34)




ISAÍAS 53:10

ויהוה חפץ דכאו החלי אם תשים אשם נפשו יראה זרע יאריך ימים וחפץ יהוה בידו יצלח

Va-Adonay chafetz dakeô hecheli. Im tassim asham nafshô yir'eh zerá yaarikh yamim ve-chefetz Adonay be-yadô yitslach.
10 E ao S-nhor agradou ferí-lo, fazendo-o adoecer. Se ele imputar culpa à sua alma, verá sua descendência prolongar os seus dias, e a vontade do S-nhor prevalecerá pela sua mão.

“E ao S-nhor agradou ferí-lo” - Sabemos pelo profeta Oséias que foi o S-nhor que feriu Israel, Seu Servo, e é Ele mesmo quem os cura:

“Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e no-la atará” (Ose 6:1)

“Se ele imputar culpa à sua alma...” - Note que a tradução da frase deixa claro que o Servo não tem culpa, mas se ele imputar culpa à si mesmo “verá sua descendência prolongar os seus dias”. Ao longo do texto bíblico, vemos os profetas e os justos entre os israelitas assumindo, tomando sobre si a culpa que não tinham pelos pecados do seu povo. Daniel é um clássico exemplo:

Eu, pois, dirigi o meu rosto ao S-nhor D-us, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. E orei ao S-nhor meu D-us, e confessei, e disse: (...) pecamos e cometemos iniqüidades, procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus preceitos e das tuas ordenanças. (Dan 9:3-5)

Jeremias embora inocente assim como Daniel, assumiu a culpa do seu povo:

“Nós transgredimos, e fomos rebeldes” (Lam 3:42)

“verá sua descendência prolongar os seus dias” - O salmista afirma que os justos florescerão como a palmeira (Sal 92:12), isto é, sua descendência permanecerá para sempre; o S-nhor promete preservar os seus santos (Sal 37:28) e seus dias serão como os dias da árvore (Isa 65:22).


REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ E quanto a Jesus? Concordariam os cristãos que D-us agradou-se com a sua execução sobre uma cruz romana? Dificilmente...

E o que dizer da frase, “se ele imputar culpa a sua alma”? Será que em algum momento Jesus cogitou a hipótese de ter alguma culpa? Será que algum dia imputou culpa sobre si mesmo, pedindo a D-us pelo seu povo? Não encontramos um só verso do NT que apóie isso – muito pelo contrário, pois ele disse: “Quem de vós me convence de pecado?” (Joa 8:46). Jesus não soa nada humilde e nem um pouco disposto a imputar culpa a si mesmo, compartilhando do destino do povo de D-us, assim como fizeram os justos e profetas no passado.

E quanto à “descendência” de Jesus? Onde ela está? Deixou ele alguma semente na terra? De que forma sua semente pode ela mesma “prolongar os seus dias”?

E o que dizer da “vontade do S-nhor”? Terá ela prevalecido pela mão de Jesus? O que vemos no mundo hoje depois de 2000 anos de existência do cristianismo? De que forma o mundo mudou – para melhor ou para pior? E o conhecimento das leis de D-us, a que nível está? O que as pessoas hoje em dia conhecem da Torá, da Palavra de D-us? Não há como demonstrar que isso cumpriu-se nele, de forma alguma.


ISAÍAS 53:11

מעמל נפשו יראה ישבע בדעתו יצדיק צדיק עבדי לרבים ועונתם הוא יסבל

Me-amal nafshô yir'eh yisbá. Be-datô yatsdik tsadik avdi la-rabim va-avonotam hu yisbol.

11 Ele verá e ficará satisfeito com o trabalho de sua alma. Através de seu conhecimento, o meu Servo vindicará o Justo a muitos e as suas iniqüidades ele levará;

“Ele verá e ficará satisfeito com o trabalho de sua alma” - O Servo verá com satisfação que a obra de conversão do seu povo será finalmente coroada de êxito e que sua vocação para ser luz dos gentios será gratificada pelo sucesso, como vimos no verso anterior. O povo judeu pelo testemunho do Servo servirá plenamente o seu D-us, observando fielmente Suas leis (Eze 37:24); os gentios buscarão ao Eterno e aprenderão sobre Ele (Zac 8:23)

“Através do seu conhecimento o meu Servo vindicará o Justo” - D-us será plenamente vindicado pela obra do Servo, quando a mesma for concluída.

“...e as suas iniqüidades ele levará” - O Servo como vimos, levou a culpa pelas iniqüidades da maioria do povo rebelde; imputou culpa a si mesmo, sem embora ser culpado (Daniel, Jeremias, etc).

REFUTAÇÃO DA POSIÇÃO CRISTÃ
E quanto a Jesus? Sua pretensa obra de redenção do povo judeu terminou em tragédia para o povo de D-us, antes e depois do aniquilamento do estado judaico. Sua pretensa obra de salvação dos gentios terminou em rejeição da Lei de D-us, de uma profunda fobia por tudo que é judaico – e isso inflingiu ainda maiores sofrimentos sobre o Servo. Não podemos ver como essa “obra” poderia satisfazer Jesus, a não ser que ele tenha inclinações sádicas.
Não podemos de forma alguma dizer que Jesus vindicou o D-us de Israel pela sua obra. Muito do preconceito contra os judeus que hoje existe foi semeado por distorções da verdade sobre o judaísmo ensinadas por Jesus e seus sucessores. Jesus como dissemos, não levou as inqüidades de ninguém, senão as dele mesmo. Aliás, ele jamais imputou culpa sobre si mesmo e repelia todos aqueles que apontavam seus pecados.


ISAÍAS 53:12

לכן אחלק לו ברבים ואת עצומים יחלק שלל תחת אשר הערה למות נפשו ואת פשעים נמנה והוא חטא רבים נשא ולפשעים יפגיע

Lakhen, achalek lo va-rabim, ve-et atsumim yechalek shalal tachat asher heerah la-mavet nafshô ve-et peshayim nim'nah ve-hu chet rabim nassá ve-la-posheyim yafgía.
12 Portanto, eu lhe darei parte com os grandes e ele repartirá os poderosos como despojo, pelo que derramou sua alma na morte, e foi contado com os transgressores e levou o pecado de muitos e pelos transgressores intercederá.

“...parte com os grandes...repartirá os poderosos como despojo” - A recompensa do Servo será ver com satisfação que o povo de D-us e conseqüentemente o próprio Eterno serão finalmente vindicados e as grandes nações ao reconhecerem isso, trarão dádivas e honras (Isa 60:6-9) e os filhos de Israel despojarão aqueles que antigamente os despojaram (Eze 39:10).

“...derramou sua alma na morte” - a gloriosa recompensa do Servo é proporcional ao seu grande desprendimento e altruísmo, pois não tendo culpa alguma, é levado à morte junto com aqueles que de fato são os culpados e nisso ele foi “contado com os transgressores”, isto é, foi considerado como um deles.



“e pelos transgressores intercederá” - Lembremo-nos mais uma vez da grande oração intercessória feita por Daniel em Babilônia, confessando o pecado do seu povo e imputando culpa também a si mesmo (Dan 9). Jeremias fez o exatamente isso ao compor o livro de Lamentações (Lam 3:42). O verbo interceder está aqui no futuro por uma razão bem simples: a intercessão do Servo não está restrita apenas ao passado. O profeta vislumbra por todo o caítulo 53 as penúrias e os sofrimentos pelos quais o Servo ainda passaria (os dois exílios, pógroms, deportações, inquisições, holocausto etc) e dessa forma usa o verbo no futuro de forma bem apropriada.
Este estudo foi preparado em conformidade com a interpretação tradicional judaica, sendo que as citações apresentadas foram extraídas diretamente do texto hebraico e as traduções seguem o padrão da Jewish Press Bible, em inglês além de explanações elaboradas a partir das antigas fontes tradicionais judaicas, Talmud Bavli e Midrashim.

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Este estudo foi postado pelo chaver Esh.Espero que sirva para mostrar o quanto se "força a barra" no cristianismo e no "judaismo messiânico (cristianismo mascarado)”.





Por um acaso há algum livro do Antigo Testamento (Tanach), que os judeus recusam? Não consideram como um Livro Sagrado? Se tem, qual?

Não. O que vocês, cristão, chamam de "antigo testamento", para nós, judeus, é a Tanach, um acrônimo de Torá, Neviim e Ketuvim, num total de 24 livros que se agrupam em:

Torá ( תורה )
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronómio

Neviim ( נביאים)
Josué
Juízes
Samuel (I e II Samuel)
Reis (I e II Reis)
Isaías
Jeremias
Ezequiel
Os 12 Profetas (Oséias, Naum, Joel, Habacuque, Amós, Sofonias, Obadias, Ageu, Jonas, Miquéias, Zacarias e Malaquias)

Kethuvim (כתובים)
Salmos
Provérbios

Cantares
Rute
Lamentações
Eclesiastes
Ester
Daniel
Esdras-Neemias
Crônicas (I e II Crônicas)